Não é de hoje que a arbitragem paulista vive um momento trágico no cenário nacional. Embora seja a principal federação do país, a paulista vem tendo sérias dificuldades para formar e revelar árbitros de ponta, panorama que contrasta radicalmente com o que ocorria até meados da década de dois mil.
Paulo César Oliveira, Wilson Luis Seneme e Sálvio Spínola Fagundes engrossavam o topo do país com escalas expressivas nas mais variadas competições. Árbitros de futebol por vocação, esses três baluartes do apito paulista acabaram deixando o futebol antes do tempo, fator que comprometeu em cheio o que naquela época era tido como o melhor quadro de árbitros do Brasil.
Foi então que sem saída, abriu-se em São Paulo a oportunidade para que jovens pudessem mostrar o seu trabalho. Mas o esforço de nada adiantou, basta ver os resultados apresentados na última edição do Campeonato Paulista para constatar a precariedade administrativa encontrada na terra da garoa.
Após a saída de Marco Polo Del Nero, atual Presidente da CBF, da presidência da FPF, Reinaldo Bastos, seu sucessor, resolveu inovar e levou para comandar a arbitragem de São Paulo um dos dirigentes mais odiados da categoria em todo país. Além de polêmico e depois de ter fracassado em Santa Catarina e com seis meses de cargo ter sido demitido do comando da arbitragem nacional, Dionísio Domingos ressurgiu como uma alternativa para resolver o problema de São Paulo, porém o que ele conseguiu até agora, foi continuar criando inimizades e praticamente acabar com o quadro feminino.
Diante de toda essa situação, São Paulo vive hoje uma odisseia sem fim. Embora tenha dois árbitros na FIFA, já é dada como certa a saída de Luiz Flávio de Oliveira do quadro internacional no fim da temporada. Mesmo sendo tecnicamente superior a Raphael Claus que não justificou a sua repentina promoção, o irmão do Paulo César Oliveira teve uma carreira marcada por lesões e mantê-lo na FIFA é algo tido como um equívoco nos corredores da CBF.
Vivendo o melhor momento de sua carreira e na contramão de tudo isso, Flávio Rodrigues de Souza deverá assumir esse escudo, pelo menos é o que garante um dirigente de arbitragem ligado à CBF que por motivos óbvios, não quis se identificar. Para ele, além de Luiz Flávio, pelo menos mais três árbitros poderão deixar o quadro, fator que provocará uma reviravolta nacional quando a lista for divulgada.
Mas enquanto isso não ocorre, a arbitragem paulista continua em queda livre sem nenhuma perspectiva de melhora.
Fonte:http://www.vozdoapito.com.br
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