Para se tornar um árbitro de sucesso, basta que injete uma dose de sacrifício, dinamismo, iniciativa, personalidade, especialização e treinos. Por Cleber Vaz da Silva (*) O uso do apito expressa a legítima autoridade do árbitro dentro do solo sagrado, haja vista que será através dele que a partida será iniciada, paralisada, reiniciada e finalizada, conforme dispõe a regra 5 da bíblia da arbitragem: "Livro de Regras 2009/2010", elaborado pela Fifa. O árbitro (erroneamente "apelidado" de juiz) é o indivíduo responsável por fazer cumprir as regras, o regulamento e o espírito do jogo ou esporte ao qual estão submetidos e intervir sempre que necessário, no caso quando uma regra é violada ou algo incomum ocorre. Contudo, ele não trabalha sozinho. Para uma partida ser bem sucedida, é necessário o companheirismo de seus dois assistentes e de seu anjo da guarda, o quarto árbitro, ou comumente chamado de árbitro reserva. Esse imprescindível guardião invisível que jamais é anunciado na escala de arbitragem no meio midiático televisivo ou escrito, com incumbências reguladas na regra 5 do livro das leis do jogo, é de uma necessidade ímpar para o sucesso do trabalho. Tendo em vista que os acontecimentos durante uma partida oscilam rapidamente, dentre eles as emoções dos jogadores, treinadores e dos torcedores, que se dilatam e agigantam conforme as marcações da autoridade da partida, é basilar uma ação conjunta, adequada ao raciocínio e à razão, na avaliação de situações para a correta tomada de decisões, as quais envolvem o árbitro, seus assistentes e o quarto árbitro. Deverá ser sempre com equilíbrio e profissionalismo, mantendo atitudes firmes e convincentes. Dentre os vários infortúnios que passam o time de arbitragem destacam-se as agressões e ofensas antes, durante e após o jogo pelos jogadores, comissão técnica, dirigentes e torcedores. Além de atuar em locais sem segurança e condições inadequadas. Por isso é necessária uma equipe de arbitragem de atitudes e alto grau de profissionalismo, visando coibir essas atitudes irracionais, sendo mais um veículo dignificador do meio futebolístico. É forçoso frisar os inúmeros deveres administrativos do "anjo da guarda" que é designado conforme o regulamento das competições, dentre outros: 1. Assistir o árbitro em todo o momento, ou seja, está encarregado de auxiliá-lo em todos os trabalhos administrativos antes, durante e após o jogo; 2. É o substituto imediato de qualquer um dos componentes do trio de arbitragem que não reunir condições para atuar na partida, a menos que um árbitro assistente reserva tenha sido designado; 3. Coordenar o processo de substituições durante o jogo; 4. Concomitantemente ao trio de arbitragem, cronometrar o tempo da partida; 5. Se necessário, controlar a substituição de bolas, a pedido do árbitro, tendo em conta que a perda de tempo deve ser reduzida ao mínimo; 6. Identificar os ocupantes da área técnica antes do início da partida, reforçando que é proibida a presença de dirigentes no banco de suplentes; 7. Atentar para os eventuais incidentes que ocorram fora do campo de visão do árbitro e dos árbitros assistentes, ou seja, deverá manter constantemente um contato visual com o trio arbitral para todo problema que possa surgir; 8. Tem a prerrogativa de intervir discretamente junto ao árbitro-assistente n° 1 em caso de erro manifesto do árbitro, como por exemplo jogador já advertido com cartão amarelo, erro no número de jogadores etc. Porém, o árbitro mantém a autoridade para decidir sobre todos os fatos em relação ao jogo; 9. Proibir a presença de monitores de televisão junto ao seu campo de atuação, para evitar novas controvérsias como a ocorrida na partida entre Brasil e Egito pela na Taça das Confederações (decisão da Fifa); 10. Acompanhar o atendimento médico dos atletas lesionados que forem removidos para fora do campo de jogo (observar sangramentos e se as medidas paliativas estão adequadas - faixas, suturas, etc.);
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